Alice Zeniter escreveu este corpo estranho que não nos soa a nada, algo tão raro hoje em dia. Partindo de algumas ideias sobre o conceito de história, pessoal e literária, mostra o poder da ficção e da escrita quando esta opta por ser agregadora e ser início de algo e não um fim.
Tive o gosto imenso de ver a Alice em Portugal a falar deste livro e fiquei impressionada com a leveza, a inteligência, a originalidade do pensamento. O livro reafirma tudo isso. Este livro é uma janela aberta para um pensamento que não se quer quadrado, mostra que é possível olhar para um assunto de vários ângulos através das inúmeras possibilidades da escrita que veicula ideias.
Além de tudo isto, que já seria suficiente, cita prolongadamente o genial, genial livro da Ursula K Le Guin, Ficção como Cesta, editado pela Dois Dias edições.
Uma rapariga sem história, BCF Editores, Lda (you did it again!), tradução Maria João Madeira.
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